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Monday, February 24, 2014


UMA PEQUENA NOTA SOBRE "PROBABILIDADES"
(Trata-se de uma história real).

Há algum tempo, a filha de um colega meu (que não direi quem para preservar a sua privacidade), sofreu um grave traumatismo craniano, tendo sido internada de emergência num hospital.

Aos pais foi solicitado pela equipe médica, autorização para uma cirurgia de risco, mas que era a única hipótese de a salvar.

Os pais, ambos com elevado grau de formação académica em matérias relacionadas com Física e Matemática, perguntaram de imediato quais as probabilidades de sucesso (e de insucesso) da intervenção. A isso a equipe médica adiantou uma probabilidade de sucesso de apenas 5% (logo, uma probabilidade de falha ou de problemas de 95%).

Os pais não hesitaram. Foi imediatamente dada a requerida autorização.
Para eles, 5% de probabilidade de salvar a vida da filha valeram mais do que os 95% de probabilidades de a perder.

Há coisas que a "Racionalidade" não explica. Como diria Pascal (1623-1662) "O coração tem razões que própria razão desconhece", explicadas, talvez, pelos processos da "Decisão Supraracional" despoletadas pelos "Mecanismos de Disparo Neurais" de Damásio, A. (1994). O Erro de Descartes.

Hoje, a filha é uma brilhante médica.

Conclusão possível:

O Risco Sísmico não pode ser medido pela sua probabilidade.
Deve, em vez disso ser encarado pela sua "Plausibilidade".

Já agora! Sabem que:
O Sismo do Haiti (Port-au-Prince) de 2010, que matou 100.000 a 200.000 pessoas, e o Sismo e Tsunami de Tohoku (Japão) de 2011, que provocou +16.000 mortes ou desaparecidos, ambos, do ponto de vista GeoFísico, muito semelhantes ao nosso sismo de 1 Nov 1755, não deviam, ou mesmo não podiam, de um ponto de vista puramente científico, ter acontecido ?

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